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Âncora 1

Ir. MARIA  CELESTE FERREIRA         

Fundadora da Congregação
Nascida em São Paulo, no dia 08 de janeiro de 1915, Maria Celeste é filha de Luiz Leme Ferreira e Zulmira da Silva Ferreira, sétima filha de dez irmãos, foi batizada no dia 11 de março de 1915.
A jovem Maria Celeste Ferreira que, desde menina, sentia-se seduzida pelo amor da Santíssima Trindade.  Aos 13 anos de idade permanecia indecisa sobre o qual caminho escolher, se do matrimônio ou da Vida Religiosa. No dia 15 de junho de 1930, aos 15 anos, recebeu uma graça especial que dissipou para sempre suas dúvidas e decidiu consagrar toda sua vida “para a glória da Trindade”. Tomou então, a decisão inabalável de abraçar a Vida Religiosa, tinha claro em sua mente e mais ainda no coração que somente Deus poderia saciar a sua sede de um amor absoluto.
Aos 16 anos expressou sua decisão de consagrar sua vida a Deus Trindade.  Seu pai não gostou muito da idéia, pois já duas filhas haviam ingressado numa Congregação Religiosa. Resolveu dar à jovem Celeste um presente para que esquecesse essa idéia. Uma viagem de navio para conhecer a Europa. Celeste aceitou o presente, mas não desistiu de sua decisão. O pai consentiu que Maria Celeste seguisse seu caminho, porém com suas irmãs que já se encontravam na Congregação das Cônegas de Santo Agostinho. 
 
Assim, aos 19 anos Maria Celeste deixando todo o conforto, riqueza e status social da família Ferreira, ingressa para a mesma congregação de suas irmãs, na Bélgica. Jovem, inteligente, como pianista amante da música, disciplinada, experimentava uma grande inquietação no tocante ao carisma e missão do Instituto a que fazia parte: a Educação de meninas ricas não preenchia seu

coração. A sede de Deus a tomava e um desejo crescente de intimidade com a Trindade e que todas as pessoas soubessem que são moradas de Deus.

Sentia-se apaixonada pela Trindade e escreveu em seu diário: “a Santíssima Trindade é o grande amor que dominou toda minha vida”. 

 

Já havia professado seus votos e iniciado seu doutorado em Letras, na Bélgica. A busca da vontade do Pai, ser toda da Trindade, anunciar seu amor  e resgatar a dignidade humana, sempre foi sua busca.  Sua meta era ser “como a agulha da bússola sempre voltada para  o norte trinitário”.

 

De volta ao Brasil, na cidade de São Paulo, no dia 13 de maio de 1942 com autorização de seu diretor espiritual Frei Emilio Wienk, fez o voto de consagrar toda a sua vida a glorificação da Santíssima Trindade presente em nós e a difusão do seu culto. “Trindade Santíssima, que o vosso amor consuma todo o meu ser para que em mim só haja vós e que todo o momento de minha existência seja para vós uma oferta do vosso próprio amor” (parte da oração escrita para sua consagração).

 

Em dezembro do mesmo ano, em seu retiro anual, Ir. Maria Celeste pedia que o Filho a inspirasse no que poderia fazer para dar o máximo de Glória ao Pai. Como um raio que atravessasse o espaço, surgiu nítido em sua mente, a idéia de uma Congregação dedicada inteiramente à glorificação da Santíssima Trindade e ao anúncio de que Deus Trindade habita o ser humano. Estava com 27 anos. Orientada por Frei Emílio, não falou nada sobre o assunto e aguardou o tempo de Deus, para concretizar a fundação da nova Congregação.

 

Maria Celeste era uma mulher que olhava para frente e tomava iniciativas. Sua inteligência, criatividade e agilidade a levaram a tomar algumas iniciativas no sentido de dar o máximo de glória a Trindade e difusão de seu culto:  com ajuda financeira de seu pai, que muito amava, providenciou  a publicação de estampas, livros, folhetos e orações sobre a Santíssima Trindade.

 

No dia 20 de novembro de 1945, recebeu a licença de sua Madre Geral para saída da Congregação das Cônegas de Santo Agostinho com a finalidade da nova fundação.

 

No dia 22 de dezembro, estando no Rio de Janeiro, pediu uma audiência com Dom Jaime de Barros Câmara arcebispo da cidade e lhe apresentou o projeto de fundação da nova Congregação. Dom Jaime, não só acolheu como ofereceu uma casa na Rua Almirante Alexandrino, no Silvestre/ RJ, verdadeiro berço da nossa Congregação. Interrogada por D. Jaime de como  chamaria a nova Congregação, imediatamente respondeu: “em se tratando da Santíssima Trindade, só poderíamos ser suas Servas”. Então e Arcebispo escreveu: “Congregação das Servas da Santíssima Trindade”.

 

A cerimônia de fundação da nossa Congregação realizou-se no dia 15 de junho de 1946, vigília da festa da Santíssima Trindade, na missa presidida por D. Jaime de Barros Câmara, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro daquela época.

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